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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Alta-costura resiste à crise





A alta-costura mostrou que está viva e resiste à crise, nos desfiles espetaculares como os apresentados pela Dior e Chanel, ao mesmo tempo em que marcas menores, como Franck Sorbier e Gustavo Lins, mantiveram o compromisso com a perfeição, abusando, inclusive, da reciclagem de materiais.

Sorbier apresentou peças, entre elas um casaco da "cor do tempo", como o do conto "Pele de Asno", inspirado numa história de fadas do francês Charles Perrault - todas elas fabricadas a mão em seu pequeno ateliê do bairro Marais, não muito distante do estilista brasileiro Gustavo Lins.



Sorbier conta que passou dezenas de horas montando o vestido de noiva. Gustavo Lins conta que até os sapatos foram confeccionados em seu ateliê, usando para algumas peças materiais e peles recicladas.

Ao lado disso, Chanel pôde, por sua vez, erguer um enorme leão dourado de sete toneladas e de grande altura para animar seu desfile da noite de terça-feira no Grand Palais. A Casa Dior transformou o Museu Rodin num jardim florido.

No último dia dos desfiles, a passarela de Jean Paul Gaultier foi festiva, vibrando com um strip-tease da bailarina Dita von Teese, vestida de negro da cabeça aos pés.

Convidar Dita foi "quase um pretexto", porque, na realidade, ela "gosta de tirar a roupa para vestir-se melhor", declarou Gaultier à imprensa depois do aclamado desfile, no qual apresentou 50 modelos.

A bailarina nudista, ex-mulher do cantor Marilyn Manson, fez um breve número no qual descobriu paulatinamente uma espécie de espartilho, da cor de carne, com armação em preto, formando um esqueleto, uma alusão de Gaultier à forma, à estrutura de suas criações, como explicou depois.

Os Cosméticos e as Lentes de Contato

do Universo Estilo


Para os evitar, é preciso saber que produtos pode usar e como deve fazê-lo. Não se esqueça que já não é preciso sofrer para ser bela. Sobretudo, não é preciso sofrer dos olhos.

Durante muito tempo, o sofrimento e a beleza feminina andaram estreitamente ligados. Basta recordar a época em que as mulheres usavam apertados espartilhos, que mal as deixavam respirar. Os tempos mudaram, e apesar das exigências sobre as mulheres não terem diminuído, torna-se cada vez menos aceitável sofrer por causa da beleza.

Mesmo no campo das dietas, se seabe hoje que os melhores resultados não se obtém através de comportamentos excessivos. Pelo contrário, manter ou recuperar a linha passa mais pela mudança de hábitos alimentares e pela adoção de comportamentos adequados, como a prática de exercício, do que pela absurda privação de alimentos.

A beleza feminina, para além das questões do peso e agilidade, envolve ainda aspectos tão diversificados como o vestuário e o uso de maquilhagem e lentes de contacto. E é precisamente aqui que podem surgir os problemas. Com efeito, é verdade que as lentes de contacto permitem resolver alguns dos problemas da visão.

Mas é igualmente verdade que o uso de maquilhagem, de cremes e de vários outros tipos de cosméticos e produtos que servem para manter ou realçar a beleza podem não se relacionar da melhor maneira com as lentes de contato.

De fato, certos ingredientes utilizados nas fórmulas dos produtos cosméticos podem provocar reações alérgicas, para além de poderem ser responsáveis por anomalias no funcionamento das lentes.

Como se não fosse suficiente, os cosméticos podem ainda provocar irritações oculares, secura, ferimentos e infecções dos olhos. Assim, parecem existir razões mais do suficientes para afirmar que saber exatamente quais os produtos que podem ser usados, e como fazê-lo, acaba por ser a melhor maneira de evitar problemas.

Mantenha as lentes e a sua beleza:

Use apenas cosméticos assinalados pelo fabricante como sendo hipoalergénicos, para utilizadores de lentes de contato ou para olhos sensíveis.

Lave cuidadosamente as mãos com um sabonete sem aditivos antes de colocar ou retirar as lentes.

Aplique os cosméticos só depois de já ter colocado as lentes.

Use sempre e só cosméticos e desmaquilhantes solúveis em água.

Use como eyeliner um lápis macio e aplique-o apenas acima da linha das pestanas.

Use máscaras resistentes à água e nunca à prova de água.

Use apenas sombras compactadas.

Use os aerossóis antes de colocar as lentes.

Nunca compartilhe cosméticos ou os utensílios para a sua aplicação.

Não exponha os cosméticos a temperaturas elevadas.

Nunca aplique maquilhagem nos olhos quando em movimento.

Não use cosméticos se tiver os olhos avermelhados, lacrimejantes ou infectados. Procure o oftalmologista se os sintomas persistirem.

Cremes com dois dedos

Os evidenciadores, ocultadores, cremes e humidificantes deixam resíduos gordurosos na pele e nas pestanas que facilmente podem ser transmitidos pelos dedos às lentes. Frequentemente, este tipo de produtos provoca também reações alérgicas nos olhos. Por isso, não aplique os cremes demasiado perto dos olhos.

O uso de invólucros de plástico ou de luvas para os dedos quando aplicar estes produtos pode também ser a forma de evitar muitos problemas. Poderá ainda aprender a usar o anelar e o mindinho para espalhar o produto, dedos que geralmente não serão usados para segurar as lentes.

Por outro lado, para quem usa lentes de contato, o pó comprimido é uma escolha preferível aos pós soltos. Se usar estes últimos, feche bem os olhos e espalhe suavemente, evitando fazer nuvens. Use um pano humedecido para retirar o excesso de pó das pestanas e das pálpebras.

Que máscaras usar?

Evite as máscaras definidas como realçadores de pestanas ou garantidas à prova de água. A maioria destas máscaras utilizam fibras de nylon e de rayon para obter o efeito de fazer realçar as pestanas. O problema surge quando as fibras secam, começando a desfazer-se e a cair nos olhos.

Os efeitos negativos são ainda agravados quando, em seguida, as fibras se deslocam para a superfície das lentes ou mesmo para debaixo delas, o que pode provocar ferimentos na córnea.

As máscaras resistentes à água são muitas vezes recomendadas para quem usa lentes de contacto, com o argumento de que se alguma partícula se introduzir nos olhos será facilmente removida pela acção natural das lágrimas sem estragar a maquilhagem. No entanto, estas máscaras apresentam alguns inconvenientes, sobretudo no que toca à sua remoção.

Embora com resultados menos duradouros, as máscaras solúveis em água são facilmente removidas, enquanto que os produtos próprios para retirar a máscara resistente à água contêm agentes emulsionantes, que se mantêm à volta dos olhos durante cerca de 24 horas e, mesmo que tenha retirado as lentes de contacto antes de aplicar o desmaquilhante, os resíduos podem embaciar as lentes quando destas voltarem a ser inseridas.

Na verdade, o embaciamento das lentes causado pelo desmaquilhante é a queixa mais frequente que os oftalmologistas ouvem a quem usa lentes de contacto. Quando esta situação ocorre, torna-se necessário lavar muito bem as pálpebras com sabonete neutro e água após o uso do desmaquilhante, para eliminar os resíduos oleosos.

Para aplicar a máscara, deverá começar por espalhá-la de forma a que fique ligeiramente afastada da base das pestanas, avançando depois à sua extremidade.

Sublinhe bem a sua beleza

Nunca aplique o eyeliner na parte interior da pálpebra ou abaixo da linha das pestanas, pois pode bloquear pequenas glândulas oleosas e provocar irritações ou infecções.

Para quem usa lentes de contacto, os lápis macios são sempre a melhor escolha. São sobretudo preferíveis quando comparados com os líquidos e cremes que podem esborratar. De qualquer maneira, se escolher um eyeliner líquido ou cremoso, assegure-se de que a sua formulação é à base de água.

No caso do eyeliner cremoso tenha ainda o cuidado de escolher um produto que possa ser aplicado com um pincel. Quando proceder à aplicação, verifique cuidadosamente se há qualquer sinal de estar a esborratar. Se tal acontecer, tente fazer uma aplicação mais suave ou mude para outra marca.

Esta tudo nos rótulos

As pequenas reacções alérgicas podem impedi-la de usar as suas lentes de contacto. Na maioria dos casos, é possível evitar o surgimento dessas reações através de operações tão simples como a escolha de cosméticos não perfumados e seleccionando produtos em cujos rótulos esteja escrita a designação hipoalergénicos.

Existem também cosméticos cujos rótulos incluem indicações específicas que os tornam recomendáveis para as utilizadoras de lentes de contacto. Essas indicações aparecem designadas com as expressões para utilizadores de lentes de contacto ou para olhos sensíveis.

Quando o fabricante de um cosmético afirma que este foi concebido para minimizar as reacções alérgicas, isso quer normalmente dizer que a sua fórmula exclui produtos irritantes. Contudo, alguns deles podem, mesmo assim, causar alergias nas pessoas mais susceptíveis.

A prudência aconselha geralmente a que se evitem as marcas desconhecidas ou cujo preço e indicações do fabricante não ofereçam garantias. Na verdade, os grandes e bem conhecidos fabricantes de cosméticos têm maior capacidade de investigação e fazem testes cuidadosos aos seus novos produtos para garantir a sua segurança e a qualidade.

Segundo estudo, Depressão pode dobrar os riscos de demência

do Universo Estilo


Pessoas que sofrem de depressão podem ter duas vezes maior risco de desenvolver demência mais tarde, segundo dois estudos recentemente publicados na revista médica Neurology. De acordo com os especialistas, frequentemente, as duas condições coexistem, e as duas novas pesquisas mostram que a depressão pode significar maior propensão à demência, embora não expliquem as razões dessa relação.

Acompanhando, por 17 anos, quase mil idosos, pesquisadores da Universidade de Massachusetts, nos EUA, descobriram que 22% daqueles que haviam sofrido de depressão desenvolveram demência, comparados com apenas 17% dos participantes que não tiveram depressão. Também realizado nos Estados Unidos, o segundo estudo envolveu 1,2 mil pessoas, e indicou que quanto mais crises de depressão os participantes haviam apresentado, maiores suas chances de ter demência: ter dois ou mais episódios foi associado a duas vezes maior risco de ter a doença neurodegenerativa.

Embora os resultados não indiquem as razões da ligação entre depressão e demência, os especialistas acreditam que substâncias no cérebro e fatores do estilo de vida, como dieta e vida social, podem cumprir um papel nessa relação. "Inflamações no tecido cerebral que ocorrem quando uma pessoa está deprimida podem contribuir para demência. Certas proteínas encontradas no cérebro que aumentam com a depressão podem também aumentar o risco de desenvolver demência", destacou a pesquisadora Jane Saczynski.

De acordo com os especialistas, a similaridade de sintomas pode indicar um mecanismo comum para as duas condições, porém mais estudos são necessários para desvendar os mecanismos envolvidos nessa relação. "Sabemos que a depressão é comum em estágios iniciais de demência. O que o estudo demonstra é que a depressão na juventude é, possivelmente, um fator de risco significativo para demência. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para estabelecer porque essa relação existe", concluiu o médico Clive Ballard, da Alzheimer's Society.

Jogadores lançam moda no jeito de barbear na Copa

da EFE



Além de mostrar suas habilidades com a bola nos pés, os jogadores são admirados por lançarem tendências, até mesmo no jeito de barbear, o estilo mais difundido nesta Copa do Mundo da África do Sul tem sido a barba de dois dias.

Quando não optam por um rosto liso, a barba incipiente é o estilo preferido por um terço dos jogadores do mundo, enquanto 19,5% preferem usar o tradicional cavanhaque com bigode, segundo pesquisa da Philips.

Por seus atrevidos e peculiares estilos de barba, os jogadores da equipe da Costa do Marfim já ganharam o troféu de os mais criativos. Logo atrás, figuram os atletas dos Estados Unidos que adoram brincar com a imagem e combinar o bigode com a barba.

Já 20% dos espanhóis ostentam bigodes combinados com barbas, enquanto 32% dos argentinos apostam na barba de dois dias.

Só 4% dos brasileiros gostam de barbicha no queixo e costeletas, e os jogadores australianos gostam de raspar os pêlos do queixo, detalha o estudo.

A seleção do Reino Unido prefere combinar o bigode com o cavanhaque, enquanto a da França adota o mesmo estilo, porém mais cheio.

Mais tradicionais, os alemãs ficam no meio do caminho - com a barba impecável -, embora alguns deles também tenham aderido a barba de dois dias.

O estudo da Philips identifica que 55% dos jogadores da seleção da Itália gostam de barba de vários dias, o barbeado apressado e o bigode completo com cavanhaque.

Os dinamarqueses, os holandeses e os portugueses, pouco afeitos a mudanças, preferem pelo barbear perfeito e convencional.

"São muitos os torcedores que copiam o estilo de seu ídolo em campo", diz Gonzalo Condés de Bethencourt, diretor de comunicação da Phillips.

A pesquisa foi feita com 215 jogadores das 12 seleções "mais criativas no estilo de barbear", explica Bethencourt.

TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)

do Universo Estilo

O Que é?

O TOC é um transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos. Estes pensamentos são idéias persistentes, impulsos ou imagens que ocorrem de forma invasiva na mente da pessoa, gerando muita ansiedade e angústia.

A pessoa portadora de TOC tenta ignorá-los ou eliminá-los através de ações que são intencionais e repetitivas. Geralmente reconhece que seu comportamento é excessivo ou que não há muita razão para fazê-lo.

As obsessões ou compulsões acarretam grande estresse, consomem tempo (mais de uma hora por dia) ou interferem bastante na rotina normal, no trabalho ou nas atividades sociais e relacionamentos interpessoais.

As características essenciais do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) são obsessões ou compulsões recorrentes e suficientemente graves para consumirem tempo ou causar sofrimento acentuado à pessoa. Leigamente diz-se que a pessoa tem várias "manias" e que é esquisito ou estranho mas, normalmente, o portador de TOC sabe que suas "manias", obsessões ou compulsões são excessivas ou irracionais.



Obsessões são pensamentos ou idéias (p. ex. dúvidas), impulsos, imagens, cenas, que invadem a consciência de forma repetitiva, persistente e estereotipada seguidos ou não de rituais destinados a neutralizá-los. São experimentados como intrusivos, inapropriados ou estranhos pelo paciente em algum momento, ao locngo do transtorno, causando ansiedade ou desconforto acentuados. A pessoa tenta resistir a eles, ignorá-los ou suprimi-los com ações ou com outros pensamentos, reconhecendo-os, no entanto, como produtos de sua mente e não como originados de fora. Não são simplesmente medos exagerados relacionados com problemas reais.

Compulsões são comportamentos repetitivos (p.ex.lavar as mãos, fazer verificações), ou atos mentais (rezar,contar, repetir palavras ou frases) que a pessoa é levada a executar em resposta a uma obsessão ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os comportamentos ou atos mentais são destinados a prevenir ou reduzir o desconforto gerado pela obsessão, prevenir algum evento ou situação temidos e em geral não possuem uma conexão realística ou direta com o que pretendem evitar, ou são claramente excessivos .

Uma variedade de anormalidades biológicas têm sido associadas ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo na tentativa de estudar-se as causas desse transtorno. Nascimentos traumáticos sugerindo papel importante de um sofrimento cerebral precoce comumente fazem parte da história de tais pacientes. Há também, por outro lado, uma concordância significativa entre a ocorrência de sintomas obsessivo-compulsivos e a epilepsia do lobo temporal, bem como o aumento de atividade metabólica no giro orbital esquerdo, constatado pela tomografia por emissão de pósitrons nos pacientes diagnosticados como Obsessivo-Compulsivo.

Recentemente as pesquisas genéticas têm apontado também para uma alteração cromossômica envolvida nessa questão.A observação de que em algumas alterações neurológicas, como por exemplo a epilepsia do lobo temporal, coréia de Sydenhan, Parkinson pós-encefalites, Síndrome de Giles de la Tourette, com muita freqüência ocorrem obsessões e compulsões, bem como os avanços na neurofarmacologia, através da boa resposta do TOC a antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina, tem levado a se pesquisar cada vez mais as bases biológicas deste transtorno.

Numerosas pesquisas sugerem fortemente um envolvimento da serotonina, um neurotransmissor, na fisiologia do TOC. Esses estudos se baseiam nas respostas terapêuticas de 40 a 60% dos pacientes tratados com antidepressivos que proporcionam a recaptação de serotonina (5HT), tais como a Comipramina, a Fluoxetina, a Fluvoxamina, a Sertralina (veja em tratamentos e em farmacologia). Por outro lado, tricíclicos menos serotonérgicos, como a desipramina, são ineficazes.

A intromissão indesejável de um pensamento no campo da consciência de maneira insistente e repetitiva, reconhecido pelo indivíduo como um fenômeno incômodo e absurdo, é denominado de Pensamento Obsessivo. Portanto, para que seja Obsessão é necessário o aspecto involuntário das idéias, bem como, o reconhecimento de sua conotação ilógica pelo próprio paciente, ou seja, ele deve ter crítica sobre o aspecto irreal e absurdo desta idéia indesejável.

As Obsessões estão tão enraizadas na consciência que não podem ser removidas simplesmente por um aconselhamento razoável, nem por livre decisão do paciente. Elas parecem ter existência emancipada da vontade e, por não comprometerem o juízo crítico, os pacientes têm a exata noção do absurdo de seu conteúdo mental. Em maior ou menor grau, as Idéias Obsessivas ocorrem em todas as pessoas, notadamente quando crianças.

As idéias obsessivas podem aparecer, por exemplo, como uma musiqueta conhecida que "não sai da cabeça", ou a idéia de que pode haver um bicho debaixo da cama, ou que o gás pode estar aberto apesar da lógica sugerir estar fechado. Em crianças aparecem como um certo impedimento em pisar nos riscos da calçada, uma obrigatoriedade em contar as árvores da rua ou os carros que passam, etc. Estas idéias obrigatórias, quando exageradas e promovedoras de significativa ansiedade ou sofrimento, constituem quadro patológico.

A temática das Idéias Obsessivas pode ser extremamente variável, entretanto, em grande número de vezes diz respeito à higiene, contaminação, transmissão de doenças, bactérias, vírus, organização ou coisas assim. É muito freqüente também a existência de Idéias Obsessivas sobre um eventual impulso suicida, como por exemplo saltar da janela de edifícios, ou em ser acometido subitamente por impulsos de agressão e ferir pessoas, principalmente os filhos. Neste último caso a obsessão está justamente em acreditar que, diante de um mal estar súbito, a pessoa venha a perder o controle e executar, impulsivamente, aquilo que sugere tais idéias.

São muitos os exemplos de pessoas que adotam uma conduta excêntrica motivadas pela obsessão da contaminação ou pelo medo continuado de contágio diante de qualquer coisa que lhes pareça suspeita. Há ainda, casos de pessoas que se sentem extremamente desconfortáveis quando próximas de objetos pontiagudos, facas, foices, etc, devido a idéia indesejável de que podem, repentinamente e misteriosamente, perder o controle e matar uma pessoa querida.

Desta feita, a Obsessão é um processo mental que tem caráter forçado, uma idéia associada a um sentimento penoso que se apresenta ao espírito de modo repetido e incoercível. São idéias impostas ao psiquismo, incômodas e sentidas como involuntárias, as quais entram na mente contra uma resistência consciente.

A similaridade entre Obsessões e Fobias foi observada já em 1878 por Westphal, criador do termo Fobias Obsessivas. Seriam medos que dominam a consciência, apesar da vontade do paciente que não consegue suprimi-los, embora reconheça-os como anormais. Aliás , vê-se muito bem, nos exemplos práticos, o componente de medo que normalmente acompanha as idéias Obsessivas. A Obsessão de doença e contaminação pode ser entendida como uma Fobia de doença, uma ruminação mental sem fim em torno da possibilidade de sofrer qualquer tipo de doença.

Ainda que o fenômeno obsessivo seja distinto do fenômeno fóbico, é sempre bom ter em mente que ambos podem ser faces distintas de uma mesma moeda ou, o que mais provavelmente poderia ser, a fobia originando obsessão e vice-versa.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo



Os Pensamentos Obsessivos, como sintomas, são estudados nas alterações do Conteúdo do Pensamento. São determinadas idéias de caráter obrigatório e impostas ao indivíduo, independente de sua vontade, mesmo sendo contrárias aos argumentos de sua lógica e de seu juízo. No Transtorno Obsessivo-Compulsivo essas impulsos obsessivos, e conseqüentes compulsões delas decorrentes, são suficientemente intensas para causar sofrimento acentuado, consumir tempo, interferir significativamente na rotina normal da pessoa, no funcionamento ocupacional ou nas atividades e relacionamentos sociais.

As compulsões são comportamentos repetitivos e intencionais (apesar de quase involuntários) desempenhados em resposta à Idéia Obsessiva e com a finalidade de prevenir o desconforto de um suposto acontecimento terrível. Os atos compulsivos são ritualísticos, estereotipados e absurdos e, caso não sejam realizados à contento, a ansiedade acoplada à idéia obsessiva acerca de algum provável acontecimento desagradável passa a incomodar muito o paciente. Normalmente tais atos compulsivos envolvem atitudes de higiene, como por exemplo, lavar as mãos, limpar coisas metodicamente, ou atitudes de contar, conferir, arrumar. Outras vezes, implicam em tocar ou olhar objetos de maneira ritualística.

Incidência

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) era considerado, até pouco tempo, uma doença rara, pois se levava em conta no estabelecimento de estimativas de sua incidência ou prevalência o pequeno número de pacientes que procuravam atendimento especializado. Hoje em dia, a procura ao tratamento especializado mudou esses índices significativamente.
Jenicke (1990) calculou que ao redor de 10% de todos os pacientes que ingressam numa clínica privada de psiquiatria apresentavam sintomas obsessivo-compulsivos importantes.

O Epidemiologic Catchment Study, norte-americano, encontrou inicialmente uma prevalência para toda a vida de 2,5%. Karno mais recentemente (1988) estabeleceram cifras de 3,0% para a prevalência do TOC para toda a vida e de 1,6% em 6 meses (Bland ,1988). Estas cifras podem ser supervalorizadas pois foram obtidas por entrevistadores leigos do ECA. Cálculos mais recentes estimam ao redor de 0,3% a prevalência para a população (Flament 1988). No entanto, esta cifra pode estar subestimada pois os indivíduos com TOC tem vergonha dos seus sintomas, não estão incapacitados pelos mesmos e muitas vezes não se dão conta de que são manifestações patológicas.Levando estes fatos em conta, Jenicke (1990) calcula que seja de 1 a 2% o risco que as pessoas tem de desenvolver TOC significativo.

O DSM-IV, por sua vez, estima a prevalência para toda a vida, ao redor de 2,5% e de entre 1,5 a 2,1% a prevalência para o período de um ano.

A incidência do TOC é maior em pessoas com conflitos conjugais, divorciados, separados e desempregados. É maior também nos familiares de 1º grau (3 a 7%) de portadores de TOC, é igual entre homens e mulheres e um pouco maior em adolescentes masculinos (75%). O início da doença se dá em torno dos 20 anos, mas não é incomum em crianças.

TOC - Fisiopatologia

Outros estudos mais recentes têm demonstrado uma diminuição da liberação de cortisol e de prolactina com o uso do m-cloro-fenilpiperazina (m-CPP), um agonista do receptor 5-HT, em pacientes com TOC, indicando também um envolvimento do sistema serotonérgico neste transtorno
Tem-se observado também através da Ressonância Magnética, um menor volume do núcleo caudato nos pacientes com TOC em comparação com pessoas normais.

O PET, um exame de imagem funcional do cérebro, tem mostrado que o metabolismo de glicose está aumentado no córtex órbito-frontal e no giro cíngulo, caracterizando assim uma hiperatividade dessa área nos portadores de TOC. Essa hiperatividade tende a diminuir durante o tratamento, tanto através do tratamento por terapia comportamental como por o uso de medicamentos. Também parece haver uma redução no metabolismo da glicose na região olebtofrontal bilateral (hipofunção).

Progressivamente outras alterações neurobiológicas têm sido associadas ao TOC, como por exemplo, o aumento do fluxo sangüíneo cerebral no córtex orbitofrontal, neostriatum, globo pálido e tálamo, bem como no hipocampo e córtex posterior do giro cíngulo, todos detectados com PET e SPECT cerebrais.

Chama-se Capsulotomia uma técnica cirúrgica neurológica atualmente empregada para o tratamento de casos de TOC incapacitantes e resistentes ao tratamento. No XX Congresso Brasileiro de Psiquiatria de 2002, Nasser JA, Falavigna A, Alaminos A, Fishmann H, Bezerra M, do Instituto do Sono e Neurológico da Universidade Estácio de Sá e do Departamento de Neurocirurgia do Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro apresentaram um trabalho de avaliação da eficácia dessa capsulotomia anterior em pacientes com TOC de difícil controle.

Foram avaliados 12 pacientes com TOC por neuropsiquiatras experientes em indicar a cirurgia e selecionados para serem submetidos à capsulotomia anterior bilateral estereotáxica guiada por imagem.

Houve uma melhora de 70% na média dos casos. A melhora mais significativa, acima deste valor se observa nos casos onde a obsessão é o maior sintoma, com pouca depressão associada e isto está de acordo com a literatura. Não houve complicações permanentes com o procedimento.

Não é infreqüente o pacientes alternarem depressão e até algumas psicoses fugazes no primeiro mês de pós-operatório que com o passar dos dias vão sendo dissipadas.
A capsulotomia anterior para TOC é um procedimento seguro e eficaz, desde que bem indicado por equipe experiente preenchendo todos os critérios seletivos adequados.

Quadro do TOC

O TOC é uma doença crônica e de evolução muito variável. Ela tanto pode surgir de forma abrupta, após algum evento desencadeante, ou surge insidiosamente sem que esteja associada à algum evento estressor importante. A evolução pode ser com piora, estabilização dos sintomas ou apresentação sob forma de crises episódicas. As características fundamentais dos pacientes portadores do TOC, como dissemos, são as Compulsões e Obsessões.

Entretanto esses sintomas costumam estar presentes em vários outros quadros psiquiátricos, notadamente nos quadros afetivos depressivos e ansiosos. Algumas características podem ser apontadas como sugestivas desses sintomas serem, de fato, de natureza primária, ou seja, de refletirem realmente um Transtorno Obsessivo-Compulsivo.

A chamada dúvida patológica é um sintoma marcante da obsessão. Normalmente o paciente é extremamente inseguro em relação à seu arbítrio, tortura-se diante da possibilidade de fazer ou não fazer, se está certo ou errado. Torna-se, assim, extremamente indeciso e incapaz para decidir-se.

O paciente com TOC, por exemplo, costuma ter também uma preocupação exagerada com eventos pouco prováveis de causar-lhe algum dano, tais como a contaminação, roubo, perdas, etc., preocupações estas que acabam obrigando-o a lavagens, recontagens, rechecagens, etc.

Também o constante sentimento de que algo está ainda faltando, incompleto ou imperfeito acaba fazendo com que esse paciente tenha extrema dificuldade prática para concluir tarefas. Vem dessa incerteza patológica a necessidade de repetição, de lavar novamente, de contar de novo. Acredita sempre que o gás não está bem fechado, que as mão não estão tão limpas, etc.

Portanto, a doença é crônica e seu prognóstico não é bom. Há trabalhos atestando que 20 a 40% dos pacientes não obtém melhora apesar do tratamento médico, 40 a 50% tem melhora moderada e apenas 20 a 30% melhoram significativamente. O bom ajustamento social e profissional ajuda a melhorar o prognóstico. Há casos onde a hospitalização é necessária, principalmente quando o paciente submete-se totalmente às compulsões ao invés de resistir à elas.

Acompanhando a manifestação central ou a idéia obsessiva desse transtorno, deve haver sempre um sentimento de medo eou ansiedade. Tal sentimento desagradável freqüentemente leva a pessoa a tomar medidas contra a idéia ou impulso inicial, gerando assim o ato compulsivo ou compulsão. No distúrbio da Personalidade do mesmo nome isso não acontece e a pessoa é concordante com sua maneira metódica e organizada de ser. Observamos ainda, no Transtorno Obsessivo-Compulsivo, o reconhecimento por parte do paciente, do absurdo e da irracionalidade de suas idéias e de seus atos compulsivos bem como da impossibilidade de combatê-los. Estes fatos, por si só, já são suficientes para proporcionar grande ansiedade.

Kaplan delimita quatro padrões sintomáticos principais no Transtorno Obsessivo-Compulsivo pela ordem de freqüência e que, de fato, constatamos na prática clínica quotidiana:

Obsessão de contaminação, seguida de banhos ou da higiene das mãos. O objeto temido é difícil de evitar, como o pensamento sobre urina, fezes, contaminação microbiana, feridas, doenças, sujeira em geral e a compulsão envolve banhos e limpeza. Tais pacientes podem auto-produzir escoriações pela forma exagerada com que se lavam e escravizam-se pelo ritual absolutamente rígido do ato de limpeza. Este é o padrão sintomático mais comum.

A obsessão da dúvida seguida da compulsão para verificação é o segundo tipo mais encontradiço. A obsessão de ter negligenciado a prevenção do perigo, como por exemplo, ter deixado o gás aberto, o ferro de passar ligado, a porta da frente destrancada, a torneira aberta, as gavetas e portas semi-abertas, etc., determina complicados mecanismos de verificação e reverificação obrigando o paciente a voltar várias vezes ao mesmo local. Várias são as situações onde o indivíduo obsessivo é incomodado por sentimentos de culpa por ter negligenciado alguma coisa, daí a falsa impressão do perfeccionismo e meticulosidade.

Em terceiro lugar vem os pensamentos obsessivos meramente invasivos de temática extremamente variável; pensamentos libidinosos e obscenos dirigidos à objetos de veneração e respeito (santos, mãe, crianças, filhos), agressões que o indivíduo considera condenável. Por ter consciência destes pérfidos pensamentos habitando o seu psiquismo a ansiedade experimentada chega a ser insuportável.

A lentidão obsessiva ou pensamento persistente de criteriosa meticulosidade na execução das atividades corriqueiras transformando cada atividade quotidiana numa verdadeira liturgia de perfeição e ordem. As coisas têm que ser feitas assim ou assado e, na dúvida de terem saído imperfeitas são meticulosamente repetidas. As tarefas do dia-a-dia tornam-se demasiadamente morosas e de realização extremamente complexa e cansativa.

Comorbidade

Na realidade paira um dúvida na psicopatologia; seria realmente um caso de comorbidade se estivermos diante de um paciente com depressão mais sintomas obsessivo-compulsivos, ou estes seriam uma sintomatologia atípica da própria depressão?

De qualquer forma é extremamente comum a associaçào de TOC com transtornos depressivos e ansiosos. Também pode ocorrer essa concordância clínica com a esquizofrenia em aproximadamente 10% dos casos, com o estresse pós-traumático, com a dismorfobia, com transtornos da alimentação (anorexia e bulimia), com a hipocondria, e outros.

A depressão é um achado muito significativo nos obsessivos e esta ocorrência, juntamente com a melhora do quadro através dos antidepressivos sugerem, no mínimo, alguma semelhança bioquímica entre estes distúrbios. Entretanto, até o momento nenhuma das teorias etiológicas pode ser definitivamente confirmada como verdadeira.

Temos ainda que diferenciar o TOC franco com o Transtorno Obsessivo da Personalidade visto como uma maneira metódica, insegura e ritualística de se relacionar com a realidade. Como distúrbio da personalidade, o tipo Obsessivo-Compulsivo (ou Anancástico) não caracteriza ainda um estado mórbido, ou seja, não proporciona ainda sofrimento ou comprometimento significativo na vida de relação ou na capacidade ocupacional. No Transtorno Obsessivo-Compulsivo franco já deve haver alguma inibição da conduta social, conforme apregoa a definição das neuroses.

Serviço:
Ballone GJ

Gisele Bündchen em nova campanha para Grife

do Universo Estilo



A über model Gisele Bündchen posou toda poderosa para a nova campanha da grife do estilista Roberto Cavalli.

A modelo, que completará 30 anos no próximo dia 20 de julho, é garota-propaganda da grife e ainda estrela a campanha do aniversário de 40 anos da marca.


O estilista Roberto Cavalli.


Logo que se tornou mamãe, Gisele disse que daria um tempo no trabalho, mas parece que a modelo continua no mesmo ritmo. E com muito sucesso.