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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Alta-costura resiste à crise





A alta-costura mostrou que está viva e resiste à crise, nos desfiles espetaculares como os apresentados pela Dior e Chanel, ao mesmo tempo em que marcas menores, como Franck Sorbier e Gustavo Lins, mantiveram o compromisso com a perfeição, abusando, inclusive, da reciclagem de materiais.

Sorbier apresentou peças, entre elas um casaco da "cor do tempo", como o do conto "Pele de Asno", inspirado numa história de fadas do francês Charles Perrault - todas elas fabricadas a mão em seu pequeno ateliê do bairro Marais, não muito distante do estilista brasileiro Gustavo Lins.



Sorbier conta que passou dezenas de horas montando o vestido de noiva. Gustavo Lins conta que até os sapatos foram confeccionados em seu ateliê, usando para algumas peças materiais e peles recicladas.

Ao lado disso, Chanel pôde, por sua vez, erguer um enorme leão dourado de sete toneladas e de grande altura para animar seu desfile da noite de terça-feira no Grand Palais. A Casa Dior transformou o Museu Rodin num jardim florido.

No último dia dos desfiles, a passarela de Jean Paul Gaultier foi festiva, vibrando com um strip-tease da bailarina Dita von Teese, vestida de negro da cabeça aos pés.

Convidar Dita foi "quase um pretexto", porque, na realidade, ela "gosta de tirar a roupa para vestir-se melhor", declarou Gaultier à imprensa depois do aclamado desfile, no qual apresentou 50 modelos.

A bailarina nudista, ex-mulher do cantor Marilyn Manson, fez um breve número no qual descobriu paulatinamente uma espécie de espartilho, da cor de carne, com armação em preto, formando um esqueleto, uma alusão de Gaultier à forma, à estrutura de suas criações, como explicou depois.

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