do Universo Estilo
Pode parecer precipitado demais, mas para garantir um envelhecimento tardio e saudável é preciso seguir algumas regras básicas desde a infância. De acordo com a avaliação médica, a velhice é o fruto da árvore que foi plantada na juventude. Esse fruto pode ser bom ou ruim dependendo do tipo da árvore.
Segundo o geriatra Luciano Humberto Soares Camargo, uma alimentação saudável, o que inclui dieta rica em carnes branca e vermelha (magra), frutas, legumes, verduras, e pobre no quesito doces, refrigerantes, frituras e gordura, já é um bom começo. Mas ela sozinha não é capaz de produzir bons frutos.
Esse esforço tem de estar associado a atividades físicas e mentais regulares, ao tratamento das doenças crônicas em seu estágio inicial, além de evitar a todo custo o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas. “É o conjunto dessas ações que leva a um envelhecimento saudável”, adverte o geriatra.
São hábitos que, segundo ele, devem ser incorporados no dia a dia das crianças. Assim fica mais fácil preservá-los para o resto da vida. Esperar que isso ocorra na fase adulta é mais difícil, segundo Luciano.
Ele cita a atividade física como um exemplo. Quando ela não é um ato consagrado no cotidiano das pessoas, é o primeiro compromisso a ser riscado da agenda quando se precisa de mais tempo. Segundo o geriatra, da lista de prioridades, normalmente, a atividade física costuma ficar nas últimas posições. “Quando surge uma reunião de última hora, ela é marcada sempre no horário reservado para os exercícios”, comenta
O educador físico e personal trainer Rafael Pelegrina Pieroni lembra que é comum ouvir que caminhar três vezes por semana faz bem para o coração e melhora a saúde. Segundo ele, de fato, caminhar com volume e intensidade controlados por um profissional de educação física promoverá melhora na saúde. Porém, caminhadas com velocidade de “passeio no shopping” não garantem grandes ganhos nos níveis de condicionamento físico e qualidade de vida.
Ele relata que os benefícios do treinamento resistido (musculação) têm sido amplamente estudados e discutidos pela comunidade científica e tem-se comprovado que eles vão muito além de bíceps enormes e abdomes tanquinho. E melhor que isso, “a musculação pode e deve ser praticada por pessoas de todas as idades”.
Entre as vantagens do exercício resistido, Rafael cita o aumento da estabilidade da densidade mineral óssea, das performances motoras cotidianas, da capacidade e melhora da função cardiovascular, da capacidade de trabalho e da massa muscular. Por outro lado, reduz a massa gorda, o estresse cardiovascular e o esforço metabólico para atender as atividades na vida diária.
Segundo o professor de educação física, a força muscular diminui com o avançar da idade, mas para os praticantes de musculação essa redução é muito menor.
A nutricionista Rita Cristina Chaim também chama a atenção para os cuidados que devem ser tomados na infância, juventude e fase adulta para garantir um envelhecimento tardio e sadio. Segundo ela, a maneira como se envelhece é uma resposta do que a pessoa fez a vida toda. Por isso, ela reforça a importância de ter sempre sobre a mesa um prato colorido, não com desenhos, mas com legumes, verduras, carnes, arroz e feijão, entre outros itens.
Fracionar as refeições é outro cuidado que não deve ser deixado de lado. Isso evita a ingestão exagerada de alimentos e a sobrecarga para o organismo digerir tudo de uma vez.
Mas tão importante quanto comer é se mexer. A atividade física ajuda a controlar o peso. De acordo com a nutricionista, isso é essencial para manter o sistema cardiovascular em perfeita ordem. Além do excesso de peso sobrecarregar o coração, ele prejudica também a articulação e exige um esforço orgânico muito grande.
São práticas que devem ser mantidas a vida toda para alcançar um resultado eficiente. Segundo Rita, o indivíduo começa a garantir seu envelhecimento a partir do momento que nasce.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Elas nasceu para deixar a sua casa ainda mais bonita
do Universo Estilo
As plantas dentro de casa, Um novo estilo de decoração, Em vasos charmosos, E Locais próprios, Com espécies de desenho escutural e muito fácil manutenção, As plantas também levam muito frescor para qualquer lugar, Agora se você deseja ter mais frescor, Mais sorte, E Uma linda decoração, Saiba mais sobre as espécies de plantas.
As folhas profusas do chifre-de-veado (Platycerium bifurcatum) criam um contraponto na decoração contemporânea da sala do arquiteto David Bastos. “Ele humaniza o ambiente, que tem visual limpo”, justifica. Apesar de alta, a planta arranjada pela florista Toioco Kamogawa num bowl de vidro com cascas de árvore não atrapalha a conversa. “Isso graças à mesa de centro baixa (Atrium), de 25 cm de altura.”
Como Cuidar: Cultivada em xaxim, esta espécie pede pouca água, que deve ser borrifada duas vezes por semana. “Ela vai bem em ambientes internos desde que haja claridade. A cada seis meses, deixe-a uma temporada ao ar livre e adube”, recomenda Toioco.
Sob a janela da sala da arquiteta Tania Eustáquio, espécies inusitadas se confundem com objetos de coleção e obras de arte. “Gosto de plantas compactas e de aparência escultórica, inseridas no ambiente de forma pontual”, diz. É o caso da planta-jade (Crassula ovata) e dos cactos expostos sobre o banco da Montenapoleone em vasos de cimento. “Com acabamento de pedriscos, eles combinam com o minimalismo da decoração.”
Como Cuidar: Plantas suculentas, como estas, precisam de pouca água e manutenção. “Apenas me preocupei em deixá-las em um local iluminado e ventilado”, conta Tania. Regue apenas uma vez por semana e, sempre que possível, exponha ao sol direto.
Com fama de espantar mau-olhado, a espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata) recebe quem chega ao apartamento assinado pelo arquiteto Thiago Manarelli e pela decoradora Ana Paula Guimarães. “Exposta neste cachepô de vidro de 10 mm de espessura, ela ganhou um ar contemporâneo”, avalia Thiago. O vaso com rodízios (Decore Vidros) esconde uma jardineira plástica sob as cascas de árvore. “Além de argila expandida junto da terra, colocamos embaixo desta jardineira um recipiente para o excesso de água.”
Como Cuidar: Cultivada à meia-sombra, a espécie não pode receber muita água. “Regue no máximo uma vez por semana e leve para tomar sol direto todo mês”, aconselha Caterina Poli, paisagista da Grama & Flor.
Naturalmente, o arbusto asiático serissa (Serissa foetida) atinge 6 m de altura. Na casa do fotógrafo Valentino Fialdini, ele mede 40 cm, orientado como bonsai. “Adoro essa técnica japonesa e tenho cinco espécies. Como moro em apartamento, procuro aquelas que dependem menos do sol”, diz. Cultivada num vaso de cerâmica, a planta, comprada na Bonsai Kai, tem 21 anos. “Ela precisa ficar ao ar livre. Por isso, a levo para a varanda todos os dias.”
Como Cuidar: A serissa adora calor. “Regue todo dia e exponha ao sol por no mínimo duas horas”, ensina Marcio Augusto Azevedo, dono da loja. Adubos como farinha de osso e torta de mamona são os mais recomendados: aplique a cada dois meses, alternadamente.
No ateliê paulistano da ceramista Paula Almeida, um carrinho de chá e um banquinho de madeira servem de suporte para suculentas (na foto seguinte, você conhece as espécies). “Além de não dar trabalho, gosto dessas plantas pelas formas compactas, perfeitas para os cachepôs de cerâmica que crio aqui. Acabo vendendo tudo junto”, conta Paula. Com arranjo da florista Alessandra Mitteldorf, os vasos têm argila expandida junto da terra e acabamento de cascas de árvore.
Como Cuidar: Paula procurou um local bem iluminado para as suculentas, carentes de sol e avessas a muita água. “Rego só uma vez por semana. Como elas ficam apenas úmidas, os cachepôs nem precisam ser vazados por baixo.
A ceramista Paula Almeida compôs um arranjo de suculentas sobre seu carrinho de chá: As espécies são aloe (1), eufórbia (2) e crássula (3).
As plantas dentro de casa, Um novo estilo de decoração, Em vasos charmosos, E Locais próprios, Com espécies de desenho escutural e muito fácil manutenção, As plantas também levam muito frescor para qualquer lugar, Agora se você deseja ter mais frescor, Mais sorte, E Uma linda decoração, Saiba mais sobre as espécies de plantas.
As folhas profusas do chifre-de-veado (Platycerium bifurcatum) criam um contraponto na decoração contemporânea da sala do arquiteto David Bastos. “Ele humaniza o ambiente, que tem visual limpo”, justifica. Apesar de alta, a planta arranjada pela florista Toioco Kamogawa num bowl de vidro com cascas de árvore não atrapalha a conversa. “Isso graças à mesa de centro baixa (Atrium), de 25 cm de altura.”
Como Cuidar: Cultivada em xaxim, esta espécie pede pouca água, que deve ser borrifada duas vezes por semana. “Ela vai bem em ambientes internos desde que haja claridade. A cada seis meses, deixe-a uma temporada ao ar livre e adube”, recomenda Toioco.
Sob a janela da sala da arquiteta Tania Eustáquio, espécies inusitadas se confundem com objetos de coleção e obras de arte. “Gosto de plantas compactas e de aparência escultórica, inseridas no ambiente de forma pontual”, diz. É o caso da planta-jade (Crassula ovata) e dos cactos expostos sobre o banco da Montenapoleone em vasos de cimento. “Com acabamento de pedriscos, eles combinam com o minimalismo da decoração.”
Como Cuidar: Plantas suculentas, como estas, precisam de pouca água e manutenção. “Apenas me preocupei em deixá-las em um local iluminado e ventilado”, conta Tania. Regue apenas uma vez por semana e, sempre que possível, exponha ao sol direto.
Com fama de espantar mau-olhado, a espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata) recebe quem chega ao apartamento assinado pelo arquiteto Thiago Manarelli e pela decoradora Ana Paula Guimarães. “Exposta neste cachepô de vidro de 10 mm de espessura, ela ganhou um ar contemporâneo”, avalia Thiago. O vaso com rodízios (Decore Vidros) esconde uma jardineira plástica sob as cascas de árvore. “Além de argila expandida junto da terra, colocamos embaixo desta jardineira um recipiente para o excesso de água.”
Como Cuidar: Cultivada à meia-sombra, a espécie não pode receber muita água. “Regue no máximo uma vez por semana e leve para tomar sol direto todo mês”, aconselha Caterina Poli, paisagista da Grama & Flor.
Naturalmente, o arbusto asiático serissa (Serissa foetida) atinge 6 m de altura. Na casa do fotógrafo Valentino Fialdini, ele mede 40 cm, orientado como bonsai. “Adoro essa técnica japonesa e tenho cinco espécies. Como moro em apartamento, procuro aquelas que dependem menos do sol”, diz. Cultivada num vaso de cerâmica, a planta, comprada na Bonsai Kai, tem 21 anos. “Ela precisa ficar ao ar livre. Por isso, a levo para a varanda todos os dias.”
Como Cuidar: A serissa adora calor. “Regue todo dia e exponha ao sol por no mínimo duas horas”, ensina Marcio Augusto Azevedo, dono da loja. Adubos como farinha de osso e torta de mamona são os mais recomendados: aplique a cada dois meses, alternadamente.
No ateliê paulistano da ceramista Paula Almeida, um carrinho de chá e um banquinho de madeira servem de suporte para suculentas (na foto seguinte, você conhece as espécies). “Além de não dar trabalho, gosto dessas plantas pelas formas compactas, perfeitas para os cachepôs de cerâmica que crio aqui. Acabo vendendo tudo junto”, conta Paula. Com arranjo da florista Alessandra Mitteldorf, os vasos têm argila expandida junto da terra e acabamento de cascas de árvore.
Como Cuidar: Paula procurou um local bem iluminado para as suculentas, carentes de sol e avessas a muita água. “Rego só uma vez por semana. Como elas ficam apenas úmidas, os cachepôs nem precisam ser vazados por baixo.
A ceramista Paula Almeida compôs um arranjo de suculentas sobre seu carrinho de chá: As espécies são aloe (1), eufórbia (2) e crássula (3).
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Miss Brasilia aos 50 anos de Idade
do Universo Estilo
Beleza, brilho, sofisticação. É o concurso Miss Brasília (Plano Piloto e Região Administrativa), que abre passagem às mais belas da capital. Esse ano com um charme a mais, o aniversário de 50 anos da cidade planejada, tombada como patrimônio cultural do mundo. As candidatas devem ter beleza, desenvoltura, sensualidade e um desejo muito grande de ser eleita a mulher mais bela de Brasília.
As inscrições podem ser feitas entre os dias 15 e 22 de janeiro, no 2º Piso do Boulevard Shopping, que fica no Setor Terminal Norte. O Boulevard é parceiro da Administração de Brasília na coordenação e realização do evento. O concurso Miss Brasília segue o regulamento Miss Distrito Federal, da empresa Cloves Ferreira Nunes.
Para a inscrição, as meninas devem levar documentação pessoal, fotos de rosto em close e de corpo inteiro com roupa de praia (biquíni ou maiô). De acordo com o regulamento, só podem concorrer as solteiras, sem nunca ter sido casadas, não ter filhos e ter idade entre 18 e 24 anos. A grande festa com a escolha da mais bela mulher da capital da República será no dia 30 deste mês, no shopping Boulevard.
Esse é o segundo ano consecutivo que a Administração de Brasília realiza o concurso Miss Brasília, sendo que no ano passado, teve um caráter inovador. As candidatas foram selecionadas por meio de votação eletrônica, na página da Administração na internet (www.brasilia.gov.br).
A vencedora do concurso de 2008 foi a paulista Ana Cláudia Ramos, 20, anos. Ela passará a faixa, neste ano, à Miss Brasília 50 anos. Quem sabe, a futura Miss DF, no dia 08 de março, quando a mulher é homenageada mundialmente.
Beleza, brilho, sofisticação. É o concurso Miss Brasília (Plano Piloto e Região Administrativa), que abre passagem às mais belas da capital. Esse ano com um charme a mais, o aniversário de 50 anos da cidade planejada, tombada como patrimônio cultural do mundo. As candidatas devem ter beleza, desenvoltura, sensualidade e um desejo muito grande de ser eleita a mulher mais bela de Brasília.
As inscrições podem ser feitas entre os dias 15 e 22 de janeiro, no 2º Piso do Boulevard Shopping, que fica no Setor Terminal Norte. O Boulevard é parceiro da Administração de Brasília na coordenação e realização do evento. O concurso Miss Brasília segue o regulamento Miss Distrito Federal, da empresa Cloves Ferreira Nunes.
Para a inscrição, as meninas devem levar documentação pessoal, fotos de rosto em close e de corpo inteiro com roupa de praia (biquíni ou maiô). De acordo com o regulamento, só podem concorrer as solteiras, sem nunca ter sido casadas, não ter filhos e ter idade entre 18 e 24 anos. A grande festa com a escolha da mais bela mulher da capital da República será no dia 30 deste mês, no shopping Boulevard.
Esse é o segundo ano consecutivo que a Administração de Brasília realiza o concurso Miss Brasília, sendo que no ano passado, teve um caráter inovador. As candidatas foram selecionadas por meio de votação eletrônica, na página da Administração na internet (www.brasilia.gov.br).
A vencedora do concurso de 2008 foi a paulista Ana Cláudia Ramos, 20, anos. Ela passará a faixa, neste ano, à Miss Brasília 50 anos. Quem sabe, a futura Miss DF, no dia 08 de março, quando a mulher é homenageada mundialmente.
Não é Homossexual, Não é Heterossexual, O Que será?
do Universo Estilo
Celebridades já assumiram. Sexólogos, psicólogos e até cientistas dizem que esse é o futuro da humanidade. Será mesmo que o mundo está cada vez mais bissexual?
O fato é que o número de pessoas que declara abertamente relacionar-se com os dois sexos aumenta todos os dias. Angelina Jolie antes de Brad Pitt manteve um romance de 10 anos com a modelo Jenny Shimizu e nunca teve problemas em assumir a bissexualidade. As atrizes Megan Fox e Lindsay Lohan, a performática Lady Gaga e a cantora Fergie, do Black Eyed Peas, engrossam a lista das celebridades que já se declararam total flex. Por aqui, as mais novas adeptas do grupo, cuja veterana é a cantora Marina Lima, são Preta Gil e a ex-BBB Fani Pacheco.
Será que isso é marketing, moda ou tendência?
''Se olharmos historicamente, o bissexualismo sempre existiu. Mesmo em Roma ou na Grécia. É algo que sempre esteve presente nas relações humanas e pode se manifestar mais ou menos dependendo do quanto existe de liberalidade na sociedade ou em um determinado meio social que possa ser mais aberto para esse tipo de coisa'', defende Rafael Raffaelli, professor da UFSC, mestre em Psicologia Social e doutor em Psicologia Clínica.
Não são apenas os artistas e as celebridades que declaram abertamente seu desejo por homens e mulheres. A jornalista Sandra**, 25 anos, não exclui nenhum público alvo quando sai solteira para a balada.
''Não acho que seja uma moda. Eu acho que as pessoas estão se libertando. Quando eu saio, fico com homem ou mulher, tanto faz. Acho que as mulheres suprem outras necessidades, elas se envolvem mais emocionalmente do que os homens. Já com eles, tenho uma necessidade mais física. Então, ficar com um ou com outro vai depender de como estou me sentindo no dia e do que aparecer'', conta.
Conforme o pai da psicanálise, todos nós nascemos potencialmente bissexuais. Sigmund Freud dizia que a escolha seria determinada na infância, de acordo com as experiências. Ou seja, a condição sexual seria muito mais cultural do que biológica, e a bissexualidade teria conotações instintivas. Para ele, a diminuição da repressão sexual teria como desfecho a pluralidade dos afetos.
''As crianças logo percebem um ambiente de proibição e culturalmente vão se encaixando nessas ideias. O pai e a mãe, os casais ao redor. E é obvio que a nossa cultura e sociedade levam a uma certa estigmatização da experiência erótica, embora isso já tenha mudado muito'', explica Raffaelli.
O psicólogo lembra o fato de termos herdado metade do genes do pai e metade dos gens da mãe, o que significaria termos os dois lados. Com base nisso, seria possível explorar os dois sexos.
''Isso só não aparece claramente porque existe uma repressão da sociedade'', diz ele.
Em 1953, o segundo volume do Relatório Kinsey, elaborado pelo pesquisador americano Alfred Kinsey, já revelaria o quanto a bissexualidade era uma realidade, mesmo dentro da conservadora sociedade americana. Nos questionários, muitas mulheres relataram que já haviam tido experiências sexuais com pessoas do mesmo sexo. Seus relatórios foram vistos por muitos como o início da revolução sexual da década de 1960. Kinsey defendia que a homo e a heterossexualidade eram os extremos de um amplo espectro de possibilidades sexuais.
''Para ele, a fluidez dos desejos sexuais faz com que, para cada heterossexual, exista pelo menos uma pessoa que sinta, em graus variados, o desejo pelos dois sexos'', explica a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, autora do livro A Cama na Varanda (Ed. Best Seller, 434 págs, R$ 40), em que aborda, entre outros temas, essas questões.
As novas gerações, já influenciadas pelos frutos da revolução sexual, estariam aptas ao novo modelo.
''Hoje as coisas estão bem diferentes'', defende o sociólogo Roberto Warken.
Os nomes utilizados são fictícios
Rótulos x orientação sexual
Ter uma experiência com alguém do mesmo sexo significa que a pessoa tem orientação bissexual?
''Nosso objetivo não é criar rótulos. Defendemos que as pessoas sejam felizes sem a rigidez da orientação sexual'', responde o sexólogo Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
''Minha sexualidade é circunstancial. Não gosto de me impor barreiras. Hoje eu fico mais com meninos, mas se achar uma menina que me interesse eu fico também'', assume o estudante Juliano**, 22 anos.
''Acho que são duas coisas diferentes. Ter experimentado algo com alguém do mesmo sexo não caracteriza alguém como bissexual. O que vai caracterizar é a pessoa ter o desejo frequente não só de sexo, mas de amor, de poder se apaixonar, por ambos os sexos '', avalia a psicóloga Shirley Stamou.
A sexóloga Regina Navarro Lins vai adiante:
''Estamos caminhando para uma sociedade com tendências à androgenia. O objeto do amor não será mais o sexo oposto e sim a pessoa, não importa se homem ou mulher'', teoriza a autora.
Até mesmo cientistas já engrossaram o coro dos sexólogos e psicanalistas, provocando polêmica. O italiano Umberto Veronesi, por exemplo, afirma que o ser humano caminha para a bissexualidade como uma evolução natural das espécies. De acordo com sua tese, dentro de algumas décadas, a humanidade será definida como bissexual. A explicação, segundo ele, está ligada inclusive a mudanças hormonais. Homens e mulheres estariam perdendo suas características específicas e se transformando em indivíduos sexualmente ambíguos.
Se a liberdade traz ganhos, também pode causar confusão para muitos. A terapeuta de família e sexóloga Jerusa Figueiredo acredita que o amor foi reduzido ao desejo e essa fragilidade de valores leva à liberação das vivências sexuais.
''Vivemos numa sociedade onde tudo é permitido, e as pessoas não estão sabendo se comportar dentro desse contexto '', critica.
Mulher com mulher dá audiência
Quem assistiu ao desfile de Jean-Paul Galtier na última Semana de Moda de Paris contou que o papo nas festas pós-desfile não girava tanto em torno dos modelitos apresentados pelo designer francês, mas sim da mensagem com forte conteúdo erótico que sugeria homo e/ou bissexualidade. As peças eram marcadas por símbolos sadomasoquistas, como meias de rede e transparências. Como pano de fundo do desfile, um bar decadente onde modelos, como Raquel Zimmermann e Coco Rocha, vestidas em looks andrógenos, lançavam olhares sugestivos umas às outras.
Já em 2006, a atriz Scarlett Johansson e a stripper Dita Von Teese também foram protagonistas de um ensaio pra lá de sensual na revista Flaunt. A mesma Scarlett, quando dirigida por Woody Allen em Vicky Cristina Barcelona, beijou Penélope Cruz, acontecimento que foi badalado insistentemente antes de o filme entrar em cartaz.
Para divulgar o filme Ne te Retourne pas (Não se volte, em tradução livre), em que interpretam a mesma pessoa, as atrizes francesas Sophie Marceau e Monica Bellucci apareceram nuas e abraçadas na capa da revista Paris Match em 2009.
Mas há quem diga que toda essa moda na mídia tenha começado com o beijo entre Madonna e Britney Spears no MTV Music Awards, em 2003.
A mídia e a publicidade nacional também parecem ter aderido. Basta folhear as revistas para ter a nítida sensação de que o bissexualismo está na moda. A campanha de verão da Arezzo trazia Juliana Paes e Cléo Pires, duas das mulheres mais cobiçadas da atualidade, em poses sugestivas e olhares provocadores.
O erotismo parece infalível em termos de mídia - graças à curiosidade geral sobre a homossexualidade e ao fato de ser a fantasia número um dos homens.
''A gente sabe que 99,9% dos homens têm como fantasia ver duas mulheres transando. Esse erotismo vende'', declara a psicóloga e blogueira antenada em moda Shirley Stamou.
E a influência desses segmentos da cultura contemporênea no comportamento geral é inegável.
''Esse momento é bastante influenciado pela moda, música e cinema. Todo mundo quer ter ou ser aquela mulher da foto. É natural que isso acabe se tornando uma moda, quase que um estilo de vida'', diz Shirley.
Eu gosto de meninos e meninas
É preciso lembrar que, de acordo com a Psicologia Social, na sociedade existem grupos com valores diferenciados. Por isso, dependendo das características de cada setor, a bissexualidade pode ser uma experiência mais ou menos comum.
''A gente não pode pensar a sociedade como uma coisa homogênea, temos que pensar nos grupos que formam o todo'', explica Rafael Raffaeli, mestre em Psicologia Social.
Um grupo onde essa tendência aparece claramente é o dos adolescentes.
''As meninas acham supertranquilo ir para a festa e beijar outras meninas. Mas isso não revela necessariamente uma vontade. Pode ser uma maneira de transgressão, uma vontade de ver como é. Querer ser como os outros. Isso não significa ou determina nada'', aposta a psicóloga Shirley Stamou.
Para alguns adolescentes, transitar entre categorias sexuais parece tão natural quando mudar o cabelo.
''Ao ver tantos ícones da música e mesmo modelos reproduzindo esse comportamento, é normal que os adolescentes também queiram imitar. Principalmente entre as meninas, a bissexualidade virou uma espécie de arma de sedução. Também é uma coisa de provocação, de quebrar a regra, quase como pintar o cabelo de rosa'', acredita Shirley.
Para especialistas, a natureza feminina, menos defensiva em relação à afetividade, proporciona uma liberdade na hora de experimentar diferentes formas de relacionamento, como ocorreu com Sandra**, a jornalista de Florianópolis.
''Sempre tive interesse em caras, mas de vez em quando beijava meninas. No ano passado, me surpreendi bem interessada em uma menina e pintou uma atração. Aí rolou algo mais íntimo. Me apaixonei e teria continuado com ela, mas ela não quis. Não acho que seja uma moda. Acho que, no futuro, as pessoas não vão ter que optar por serem homossexuais ou heterossexuais. '', Afirma.
Ainda que não tão revelada, a bissexualidade entre homens também ocorre:
''A liberdade sexual entre as mulheres é maior. Mas depois que tive coragem de admitir que gostava de homens, não deixei de excluir as meninas dentre as possibilidades de relacionamento. E tenho prazer com ambos os sexos, embora as mulheres me levem menos a sério por saber que me relaciono com homem também'', contou Juliano, estudante da Capital.
Há quem diga que o fenômeno bissexual seja mais intenso na capital catarinense.
''Florianópolis é uma cidade onde temos uma relação diferente, mais aberta e tranquila com a sexualidade. Aqui elas se permitem experimentar. E aí vem as descobertas. Algumas pessoas passam a se autodenominar bissexuais porque tiveram uma ou duas relações, mas nao é bem por aí'', defende o sociólogo Roberto Warken.
O sexo fluído
A bissexualidade entre as mulheres não é apenas uma fase de indecisão. Pelo menos foi o que concluiu um estudo feito pela professora de Psicologia e de Estudos de Gêneros da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, Lisa Diamond, publicada no ano passado. Lisa acompanhou o comportamento sexual de um grupo de 79 mulheres que se declararam não-heterossexuais durante uma década e observou que a bissexualidade é mais uma condição estável do que um estado temporário.
''O traço de desejo não-exclusivo permaneceu lá durante esse tempo, mesmo entre as mulheres que se casaram'', declarou Lisa à imprensa internacional.
A pesquisadora também sugere que a maioria das mulheres, quando expostas a determinadas circunstâncias, tem capacidade de sentir desejo por ambos os sexos. Embora o estudo seja importante por ser um dos únicos a observar o comportamento de mulheres por uma década, uma limitação foi o grupo de mulheres eleito: trata-se de uma maioria de brancas e de classe média.
Mas o resultado levantado pela pesquisa, de que a bissexualidade pode, sim, ser uma identidade sexual, não é unanimidade.
''A experiência bissexual implica estabelecer relação com ambos os sexos, mas são poucos os casos em que essa experiência se consolida como uma identidade sexual'', avisa o professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Denilson Lopes, autor do livro O homem que amava os rapazes e outros ensaios (Ed. Aeroplano, 270 págs., R$ 30).
Celebridades já assumiram. Sexólogos, psicólogos e até cientistas dizem que esse é o futuro da humanidade. Será mesmo que o mundo está cada vez mais bissexual?
O fato é que o número de pessoas que declara abertamente relacionar-se com os dois sexos aumenta todos os dias. Angelina Jolie antes de Brad Pitt manteve um romance de 10 anos com a modelo Jenny Shimizu e nunca teve problemas em assumir a bissexualidade. As atrizes Megan Fox e Lindsay Lohan, a performática Lady Gaga e a cantora Fergie, do Black Eyed Peas, engrossam a lista das celebridades que já se declararam total flex. Por aqui, as mais novas adeptas do grupo, cuja veterana é a cantora Marina Lima, são Preta Gil e a ex-BBB Fani Pacheco.
Será que isso é marketing, moda ou tendência?
''Se olharmos historicamente, o bissexualismo sempre existiu. Mesmo em Roma ou na Grécia. É algo que sempre esteve presente nas relações humanas e pode se manifestar mais ou menos dependendo do quanto existe de liberalidade na sociedade ou em um determinado meio social que possa ser mais aberto para esse tipo de coisa'', defende Rafael Raffaelli, professor da UFSC, mestre em Psicologia Social e doutor em Psicologia Clínica.
Não são apenas os artistas e as celebridades que declaram abertamente seu desejo por homens e mulheres. A jornalista Sandra**, 25 anos, não exclui nenhum público alvo quando sai solteira para a balada.
''Não acho que seja uma moda. Eu acho que as pessoas estão se libertando. Quando eu saio, fico com homem ou mulher, tanto faz. Acho que as mulheres suprem outras necessidades, elas se envolvem mais emocionalmente do que os homens. Já com eles, tenho uma necessidade mais física. Então, ficar com um ou com outro vai depender de como estou me sentindo no dia e do que aparecer'', conta.
Conforme o pai da psicanálise, todos nós nascemos potencialmente bissexuais. Sigmund Freud dizia que a escolha seria determinada na infância, de acordo com as experiências. Ou seja, a condição sexual seria muito mais cultural do que biológica, e a bissexualidade teria conotações instintivas. Para ele, a diminuição da repressão sexual teria como desfecho a pluralidade dos afetos.
''As crianças logo percebem um ambiente de proibição e culturalmente vão se encaixando nessas ideias. O pai e a mãe, os casais ao redor. E é obvio que a nossa cultura e sociedade levam a uma certa estigmatização da experiência erótica, embora isso já tenha mudado muito'', explica Raffaelli.
O psicólogo lembra o fato de termos herdado metade do genes do pai e metade dos gens da mãe, o que significaria termos os dois lados. Com base nisso, seria possível explorar os dois sexos.
''Isso só não aparece claramente porque existe uma repressão da sociedade'', diz ele.
Em 1953, o segundo volume do Relatório Kinsey, elaborado pelo pesquisador americano Alfred Kinsey, já revelaria o quanto a bissexualidade era uma realidade, mesmo dentro da conservadora sociedade americana. Nos questionários, muitas mulheres relataram que já haviam tido experiências sexuais com pessoas do mesmo sexo. Seus relatórios foram vistos por muitos como o início da revolução sexual da década de 1960. Kinsey defendia que a homo e a heterossexualidade eram os extremos de um amplo espectro de possibilidades sexuais.
''Para ele, a fluidez dos desejos sexuais faz com que, para cada heterossexual, exista pelo menos uma pessoa que sinta, em graus variados, o desejo pelos dois sexos'', explica a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, autora do livro A Cama na Varanda (Ed. Best Seller, 434 págs, R$ 40), em que aborda, entre outros temas, essas questões.
As novas gerações, já influenciadas pelos frutos da revolução sexual, estariam aptas ao novo modelo.
''Hoje as coisas estão bem diferentes'', defende o sociólogo Roberto Warken.
Os nomes utilizados são fictícios
Rótulos x orientação sexual
Ter uma experiência com alguém do mesmo sexo significa que a pessoa tem orientação bissexual?
''Nosso objetivo não é criar rótulos. Defendemos que as pessoas sejam felizes sem a rigidez da orientação sexual'', responde o sexólogo Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
''Minha sexualidade é circunstancial. Não gosto de me impor barreiras. Hoje eu fico mais com meninos, mas se achar uma menina que me interesse eu fico também'', assume o estudante Juliano**, 22 anos.
''Acho que são duas coisas diferentes. Ter experimentado algo com alguém do mesmo sexo não caracteriza alguém como bissexual. O que vai caracterizar é a pessoa ter o desejo frequente não só de sexo, mas de amor, de poder se apaixonar, por ambos os sexos '', avalia a psicóloga Shirley Stamou.
A sexóloga Regina Navarro Lins vai adiante:
''Estamos caminhando para uma sociedade com tendências à androgenia. O objeto do amor não será mais o sexo oposto e sim a pessoa, não importa se homem ou mulher'', teoriza a autora.
Até mesmo cientistas já engrossaram o coro dos sexólogos e psicanalistas, provocando polêmica. O italiano Umberto Veronesi, por exemplo, afirma que o ser humano caminha para a bissexualidade como uma evolução natural das espécies. De acordo com sua tese, dentro de algumas décadas, a humanidade será definida como bissexual. A explicação, segundo ele, está ligada inclusive a mudanças hormonais. Homens e mulheres estariam perdendo suas características específicas e se transformando em indivíduos sexualmente ambíguos.
Se a liberdade traz ganhos, também pode causar confusão para muitos. A terapeuta de família e sexóloga Jerusa Figueiredo acredita que o amor foi reduzido ao desejo e essa fragilidade de valores leva à liberação das vivências sexuais.
''Vivemos numa sociedade onde tudo é permitido, e as pessoas não estão sabendo se comportar dentro desse contexto '', critica.
Mulher com mulher dá audiência
Quem assistiu ao desfile de Jean-Paul Galtier na última Semana de Moda de Paris contou que o papo nas festas pós-desfile não girava tanto em torno dos modelitos apresentados pelo designer francês, mas sim da mensagem com forte conteúdo erótico que sugeria homo e/ou bissexualidade. As peças eram marcadas por símbolos sadomasoquistas, como meias de rede e transparências. Como pano de fundo do desfile, um bar decadente onde modelos, como Raquel Zimmermann e Coco Rocha, vestidas em looks andrógenos, lançavam olhares sugestivos umas às outras.
Já em 2006, a atriz Scarlett Johansson e a stripper Dita Von Teese também foram protagonistas de um ensaio pra lá de sensual na revista Flaunt. A mesma Scarlett, quando dirigida por Woody Allen em Vicky Cristina Barcelona, beijou Penélope Cruz, acontecimento que foi badalado insistentemente antes de o filme entrar em cartaz.
Para divulgar o filme Ne te Retourne pas (Não se volte, em tradução livre), em que interpretam a mesma pessoa, as atrizes francesas Sophie Marceau e Monica Bellucci apareceram nuas e abraçadas na capa da revista Paris Match em 2009.
Mas há quem diga que toda essa moda na mídia tenha começado com o beijo entre Madonna e Britney Spears no MTV Music Awards, em 2003.
A mídia e a publicidade nacional também parecem ter aderido. Basta folhear as revistas para ter a nítida sensação de que o bissexualismo está na moda. A campanha de verão da Arezzo trazia Juliana Paes e Cléo Pires, duas das mulheres mais cobiçadas da atualidade, em poses sugestivas e olhares provocadores.
O erotismo parece infalível em termos de mídia - graças à curiosidade geral sobre a homossexualidade e ao fato de ser a fantasia número um dos homens.
''A gente sabe que 99,9% dos homens têm como fantasia ver duas mulheres transando. Esse erotismo vende'', declara a psicóloga e blogueira antenada em moda Shirley Stamou.
E a influência desses segmentos da cultura contemporênea no comportamento geral é inegável.
''Esse momento é bastante influenciado pela moda, música e cinema. Todo mundo quer ter ou ser aquela mulher da foto. É natural que isso acabe se tornando uma moda, quase que um estilo de vida'', diz Shirley.
Eu gosto de meninos e meninas
É preciso lembrar que, de acordo com a Psicologia Social, na sociedade existem grupos com valores diferenciados. Por isso, dependendo das características de cada setor, a bissexualidade pode ser uma experiência mais ou menos comum.
''A gente não pode pensar a sociedade como uma coisa homogênea, temos que pensar nos grupos que formam o todo'', explica Rafael Raffaeli, mestre em Psicologia Social.
Um grupo onde essa tendência aparece claramente é o dos adolescentes.
''As meninas acham supertranquilo ir para a festa e beijar outras meninas. Mas isso não revela necessariamente uma vontade. Pode ser uma maneira de transgressão, uma vontade de ver como é. Querer ser como os outros. Isso não significa ou determina nada'', aposta a psicóloga Shirley Stamou.
Para alguns adolescentes, transitar entre categorias sexuais parece tão natural quando mudar o cabelo.
''Ao ver tantos ícones da música e mesmo modelos reproduzindo esse comportamento, é normal que os adolescentes também queiram imitar. Principalmente entre as meninas, a bissexualidade virou uma espécie de arma de sedução. Também é uma coisa de provocação, de quebrar a regra, quase como pintar o cabelo de rosa'', acredita Shirley.
Para especialistas, a natureza feminina, menos defensiva em relação à afetividade, proporciona uma liberdade na hora de experimentar diferentes formas de relacionamento, como ocorreu com Sandra**, a jornalista de Florianópolis.
''Sempre tive interesse em caras, mas de vez em quando beijava meninas. No ano passado, me surpreendi bem interessada em uma menina e pintou uma atração. Aí rolou algo mais íntimo. Me apaixonei e teria continuado com ela, mas ela não quis. Não acho que seja uma moda. Acho que, no futuro, as pessoas não vão ter que optar por serem homossexuais ou heterossexuais. '', Afirma.
Ainda que não tão revelada, a bissexualidade entre homens também ocorre:
''A liberdade sexual entre as mulheres é maior. Mas depois que tive coragem de admitir que gostava de homens, não deixei de excluir as meninas dentre as possibilidades de relacionamento. E tenho prazer com ambos os sexos, embora as mulheres me levem menos a sério por saber que me relaciono com homem também'', contou Juliano, estudante da Capital.
Há quem diga que o fenômeno bissexual seja mais intenso na capital catarinense.
''Florianópolis é uma cidade onde temos uma relação diferente, mais aberta e tranquila com a sexualidade. Aqui elas se permitem experimentar. E aí vem as descobertas. Algumas pessoas passam a se autodenominar bissexuais porque tiveram uma ou duas relações, mas nao é bem por aí'', defende o sociólogo Roberto Warken.
O sexo fluído
A bissexualidade entre as mulheres não é apenas uma fase de indecisão. Pelo menos foi o que concluiu um estudo feito pela professora de Psicologia e de Estudos de Gêneros da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, Lisa Diamond, publicada no ano passado. Lisa acompanhou o comportamento sexual de um grupo de 79 mulheres que se declararam não-heterossexuais durante uma década e observou que a bissexualidade é mais uma condição estável do que um estado temporário.
''O traço de desejo não-exclusivo permaneceu lá durante esse tempo, mesmo entre as mulheres que se casaram'', declarou Lisa à imprensa internacional.
A pesquisadora também sugere que a maioria das mulheres, quando expostas a determinadas circunstâncias, tem capacidade de sentir desejo por ambos os sexos. Embora o estudo seja importante por ser um dos únicos a observar o comportamento de mulheres por uma década, uma limitação foi o grupo de mulheres eleito: trata-se de uma maioria de brancas e de classe média.
Mas o resultado levantado pela pesquisa, de que a bissexualidade pode, sim, ser uma identidade sexual, não é unanimidade.
''A experiência bissexual implica estabelecer relação com ambos os sexos, mas são poucos os casos em que essa experiência se consolida como uma identidade sexual'', avisa o professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Denilson Lopes, autor do livro O homem que amava os rapazes e outros ensaios (Ed. Aeroplano, 270 págs., R$ 30).
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Site influencia os jovens á cometer suicidio virtual em redes sociais
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"Morra no mundo virtual para aproveitar melhor a vida real". Essa é a ideia do serviço Web 2.0 Suicide Machine (algo como Máquina do Suicídio da Web 2.0, em inglês), que se propõe a ajudar os internautas a se desconectarem de redes sociais como Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn.
Quando o usuário digita os dados sobre suas contas desses sites, o sistema entra no perfil, troca a senha e começa a deletar informações pessoais e limpar a lista de amigos. Na verdade, a conta do internauta no Facebook, por exemplo, continua existindo, mas a ideia é que ela não possa ser usada. Mas cuidado: não dá para desistir do "suicídio" depois que o processo é iniciado.
A página diz que uma pessoa com mil amigos no Facebook demoraria 9 horas e 35 minutos para completar o processo manualmente. A promessa é que, no automático, isso leva 52 minutos.
Por enquanto o serviço não funciona para o Orkut, mas os donos do site dizem estar trabalhando para ajudar os internautas a "se livrarem" das contas mantidas pelo Google, o que incluiria a rede social mais usada no Brasil.
O site pede que os usuários "se encontrem novamente com seus vizinhos reais", depois da morte virtual. "Tente ligar para alguns amigos, faça uma caminhada no parque ou compre uma garrafa de vinho e comece a aproveitar sua vida real novamente. Alguns ´suicidas virtuais´ informaram que suas vidas melhoraram em cerca de 25%. Não se preocupe se você se sentir vazio depois do procedimento: isso é uma reação normal que vai desaparecer lentamente em um período de 24 a 72 horas", brinca a página em uma explicação sobre os seus serviços.
"Morra no mundo virtual para aproveitar melhor a vida real". Essa é a ideia do serviço Web 2.0 Suicide Machine (algo como Máquina do Suicídio da Web 2.0, em inglês), que se propõe a ajudar os internautas a se desconectarem de redes sociais como Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn.
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