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As folhas profusas do chifre-de-veado (Platycerium bifurcatum) criam um contraponto na decoração contemporânea da sala do arquiteto David Bastos. “Ele humaniza o ambiente, que tem visual limpo”, justifica. Apesar de alta, a planta arranjada pela florista Toioco Kamogawa num bowl de vidro com cascas de árvore não atrapalha a conversa. “Isso graças à mesa de centro baixa (Atrium), de 25 cm de altura.”
Como Cuidar: Cultivada em xaxim, esta espécie pede pouca água, que deve ser borrifada duas vezes por semana. “Ela vai bem em ambientes internos desde que haja claridade. A cada seis meses, deixe-a uma temporada ao ar livre e adube”, recomenda Toioco.
Sob a janela da sala da arquiteta Tania Eustáquio, espécies inusitadas se confundem com objetos de coleção e obras de arte. “Gosto de plantas compactas e de aparência escultórica, inseridas no ambiente de forma pontual”, diz. É o caso da planta-jade (Crassula ovata) e dos cactos expostos sobre o banco da Montenapoleone em vasos de cimento. “Com acabamento de pedriscos, eles combinam com o minimalismo da decoração.”
Como Cuidar: Plantas suculentas, como estas, precisam de pouca água e manutenção. “Apenas me preocupei em deixá-las em um local iluminado e ventilado”, conta Tania. Regue apenas uma vez por semana e, sempre que possível, exponha ao sol direto.
Com fama de espantar mau-olhado, a espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata) recebe quem chega ao apartamento assinado pelo arquiteto Thiago Manarelli e pela decoradora Ana Paula Guimarães. “Exposta neste cachepô de vidro de 10 mm de espessura, ela ganhou um ar contemporâneo”, avalia Thiago. O vaso com rodízios (Decore Vidros) esconde uma jardineira plástica sob as cascas de árvore. “Além de argila expandida junto da terra, colocamos embaixo desta jardineira um recipiente para o excesso de água.”
Como Cuidar: Cultivada à meia-sombra, a espécie não pode receber muita água. “Regue no máximo uma vez por semana e leve para tomar sol direto todo mês”, aconselha Caterina Poli, paisagista da Grama & Flor.
Naturalmente, o arbusto asiático serissa (Serissa foetida) atinge 6 m de altura. Na casa do fotógrafo Valentino Fialdini, ele mede 40 cm, orientado como bonsai. “Adoro essa técnica japonesa e tenho cinco espécies. Como moro em apartamento, procuro aquelas que dependem menos do sol”, diz. Cultivada num vaso de cerâmica, a planta, comprada na Bonsai Kai, tem 21 anos. “Ela precisa ficar ao ar livre. Por isso, a levo para a varanda todos os dias.”
Como Cuidar: A serissa adora calor. “Regue todo dia e exponha ao sol por no mínimo duas horas”, ensina Marcio Augusto Azevedo, dono da loja. Adubos como farinha de osso e torta de mamona são os mais recomendados: aplique a cada dois meses, alternadamente.
No ateliê paulistano da ceramista Paula Almeida, um carrinho de chá e um banquinho de madeira servem de suporte para suculentas (na foto seguinte, você conhece as espécies). “Além de não dar trabalho, gosto dessas plantas pelas formas compactas, perfeitas para os cachepôs de cerâmica que crio aqui. Acabo vendendo tudo junto”, conta Paula. Com arranjo da florista Alessandra Mitteldorf, os vasos têm argila expandida junto da terra e acabamento de cascas de árvore.
Como Cuidar: Paula procurou um local bem iluminado para as suculentas, carentes de sol e avessas a muita água. “Rego só uma vez por semana. Como elas ficam apenas úmidas, os cachepôs nem precisam ser vazados por baixo.
A ceramista Paula Almeida compôs um arranjo de suculentas sobre seu carrinho de chá: As espécies são aloe (1), eufórbia (2) e crássula (3).
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