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terça-feira, 27 de julho de 2010

Os mitos que prejudicam a Saúde

do Universo Estilo



Mistura de meias verdades com sabedoria popular, os mitos médicos influenciam os nossos hábitos de vida como um legado que passa de geração em geração.

Mas se existem crenças que, embora falsas, são inofensivas e até protegem dos excessos, há outras que representam um risco para a saúde.

Com a ajuda dos especialistas Aaron E. Carroll e Rachel C. Vreeman, autores de 'Diga Adeus aos Mitos', e do livro 'Mitos da Medicina que Podem Matar', de Nancy L. Snyderman, desmitifique algumas destas ideias.

Os antitranspirantes provocam câncer da mama

Vários estudos defendem que os antitranspirantes impedem o corpo de libertar toxinas através do suor e que estas ficam 'presas' aos gânglios linfáticos, causando cancro por mutação do DNA de uma célula.

Para Rachel C. Vreeman e Aaron E. Carroll a verdade é outra. Os linfonodos produzem células e anticorpos que combatem infecções; ajudam as células a lidar com qualquer elemento externo, impedindo-o de entrar no corpo.

Ser magro é sinônimo de estar em forma

Segundo Nancy L. Snyderman, há pessoas que nascem com uma predisposição genética para terem níveis de colesterol elevados. Talvez sejam o retrato acabado da saúde vistas de fora, contudo, por dentro, podem ter uma placa perigosa a bloquear-lhes as artérias coronárias, as artérias que circundam o coração.

No livro, a médica aconselha a conhecer o seu colesterol total […] e o seu nível de triglicéridos. Não fume. Fumar é uma maneira mais rápida de sofrer um ataque cardíaco. Se usar um protector solar elevado o sol não queima Mais importante do que o nível de protecção contra os UVA e UVB do creme solar é a quantidade e regularidade com que se aplica.

Rachel C. Vreeman e Aaron E. Carroll advertem que nenhum protetor solar, independentemente do factor de protecção, é eficaz após duas horas sem nova aplicação. É mais seguro aplicar um índice 15 ou 30 de duas em duas horas do que ficar ao sol todo o dia com um filtro 50 ou superior. Mais, tem de usar uma boa quantidade de produto para que seja eficaz. Se ficar na praia todo o dia, terá de usar quase um frasco de 180 ml.

As doenças cardiovasculares só afetam os idosos

As pessoas jovens e aparentemente saudáveis também podem sofrer complicações cardíacas. No seu livro, Nancy L. Snyderman explica que quando alguém sofre um ataque cardíaco aos 40, 50, 60 ou 70 anos, a arteriosclerose já se vinha a desenvolver desde a adolescência ou na fase inicial da vida adulta. A American Heart Association recomenda que os jovens adultos façam um check-up cardíaco de dois em dois anos.

Uma depressão se cura com força de vontade

Nunca se deixe enganar pela ideia de que os problemas psíquicos são um sinal de fraqueza. Como esclarece Nancy L. Snyderman no seu livro, a maioria destes distúrbios, desde a depressão à ansiedade, tem origem na biologia e na neuroquímica subjacentes.

Alguns já conhecemos bem. Quanto a outros, estamos a dar os primeiros passos para acompreensão. A depressão, por exemplo, pode ser mais prejudicial à saúde que várias doenças crónicas, de acordo com um estudo publicado em 2007, no The Lancet.

Comer à noite engorda

Para os especialistas Rachel C. Vreeman e Aaron E. Carroll não há qualquer relação entre o aumento de peso e a altura do dia em que ingerimos os alimentos. As pessoas ganham peso porque consomem mais calorias do que as que queimam. Um estudo que envolveu mais de 2 500 pacientes não associou o excesso de peso ou a obesidade ao fato de as pessoas comerem antes de dormir, mas sim por o fazerem demasiadas vezes e em quantidades excessivas.

Andar ao frio provoca constipações

De acordo com o livro ''Mitos da Medicina que Podem Matar'', o frio ou a chuva não estão na origem da constipação. É causada por vírus transmitidos entre as pessoas por meio de toque em algum objeto ou superfície contaminada e, em seguida, contato com a mão, olhos, nariz ou boca. A melhor forma de adoecer é dar um aperto de mão e, depois, tocar na sua cara.

Mulheres são mais vulneráveis ao tabaco

As mulheres são mais vulneráveis ao tabaco. A ideia de que o sexo feminino tem mais propensão a se viciar em tabaco não é apenas um mito, mas um dado cientificamente comprovado. Segundo a American Cancer Society, as mulheres não só têm mais dificuldade em deixar de fumar, como receiam aumentar de peso se o fizerem.

Várias investigações indicam que os centros de prazer do cérebro feminino se excitam quando expostos ao cheiro ou sabor do cigarro, enquanto os homens precisam do impacto da nicotina para obter a mesma reação.

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