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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Viagra para Mulheres: Um teste indicou tratamento para quem não sente prazer


O remédio apontado como o “Viagra feminino” demonstrou que pode aumentar a libido em mulheres com baixo desejo sexual. Voluntárias que tomaram o medicamento por seis meses se disseram mais satisfeitas sexualmente e com a libido aumentada em comparação com aquelas que ingeriram placebo.

Médicos disseram que a flibanserina pode ser um tratamento efetivo para o problema que atinge de 9% a 26% das mulheres. A droga tem causado preocupação entre alguns pesquisadores – empresas farmacêuticas estariam exagerando o número de pacientes afetadas, aproveitando para promover uma pílula que não seria capaz de resolver questões psicológicas que reduzem o apetite sexual, além de uma imagem negativa do próprio corpo e estresse.

''É um remédio parecido com o Viagra, só que para mulheres em quem o baixo desejo sexual é o problema mais comum, como a disfunção erétil é nos homens'', avalia John Thorp, professor de ginecologia da Universidade da Carolina do Norte (EUA).

O medicamento foi desenvolvido como um antidepressivo. Com uma má performance nos testes, nunca foi aprovado, mas os questionários das pacientes revelaram um inesperado efeito colateral:

''O remédio aumentava a libido. Conduzimos, então, múltiplos testes clínicos, e as voluntárias que tomaram o remédio para desordem do desejo sexual hipoativo (baixa libido por longos períodos) relataram melhoras significativas'', afirma Thorp.

Antes de tomar o medicamento, as participantes tinham uma média de 2,8 relações sexuais satisfatórias por mês. Aquelas que tomaram a pílula aumentaram o índice para 4,5 vezes, em comparação com as 3,7 vezes das mulheres medicadas com placebo.

Elas foram solicitadas a manter um registro do número de relações prazerosas ao longo da pesquisa. Utilizaram-se vários outros quesitos para avaliar a libido e os níveis de estresse durante o sexo. Os resultados foram comparados com informações obtidas antes e após o experimento. Thorp acredita que as conclusões apontam para um possível tratamento para o que considera o problema sexual que mais afeta as mulheres em idade reprodutiva.

Petra Boynton, pesquisador do University College London, na Inglaterra, alerta que a pílula não é uma “bala mágica” e teme que isso faça com que os casais parem de conversar acerca de seus problemas:

''O remédio não vai fazer você se sentir melhor com seu corpo ou seu parceiro ser melhor na cama.'', Disse.

A droga pode ser aprovada, fora do Brasil, dentro de 18 meses. Os dados do último teste serão enviados a órgãos americanos e europeus para revisão.

Tradução: Amy Traduções

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